Do leitor José Alexandre Ramos: «muralha»
muralha
para António Lobo Antunes
Deixo o dia abater-se contra o muro: mil pedaços se formam no horizonte futuro, antevendo amanhãs desmoronados. E dos escombros se abrirá caminho, lentamente, até onde o chão poderá verdejar, e as feridas dos meus pés fecharão. Sílaba a sílaba és tu quem constrói o novo caminho e por vezes fico sem palavras perante o alinhamento perfeito do destino das tuas frases. É no teu trabalho sobre a pedra que as palavras te exigem, sob o cansaço dos dias te espremendo em hesitações, alegrias e angústias, que reergues a muralha onde nos pouparemos abrigados dos ataques verborreicos dessas gentes em falsos pedestais teimando
(como se qualquer um fosse capaz de construir um muro, uma casa, rasgar ruas e avenidas, alargar aldeias e cidades)
teimando em afirmar que escrevem livros.
Parabéns, António. Um abraço.
por José Alexandre Ramos
Vila Nova de Gaia
Alexandre:
ResponderEliminarQue maravilhosa epopeia ao "nosso" emérito Escritor.
Faço da sua "muralha" aquela que gostaria de transpor para chegar até VÓS!
Que belo discípulo tem o António Lobo Antunes.
Parabéns a si também, neste dia de Luz para o ANTÓNIO.
M.José Portugal
António,
ResponderEliminar(sim, com esta sem cerimónia!)
Um grande abraço de Parabéns, posso?
E dizer uma vez mais, OBRIGADA, posso?
E digo com todo o prazer do mundo.
E quero mais livros.
E mais, e mais.
Abraço